sexta-feira, agosto 31, 2007

navego


navego nos sentires,
em palavras escritas
semeadas com afectos.

navego no toque do prazer
envolvida no olhar fugaz
sedento das marés do mar

navego nos sonhos
em encontros secretos,
nos murmúrios entre sussurros
ou nos sorrisos de um lábios ocultos.

navego numa teia
confusa e disforme,
do lado de lá da janela interdita
sobre uma mágoa salgada.

navego fundida no desfrutar do silêncio
sem hora, onde sou cicuta sem segredos!


l.maltez

segunda-feira, agosto 06, 2007

pausa sem tempo!





fui encontrar-me com o tempo,

na janela aberta.

vestígios de saudade envolviam-me.


pensei ser eu o tempo,

aquele que me dá horas

que me contamina os dias.


o tempo com sombras

desligadas da luz

e da memória.


contemplei o horizonte

e o tempo não era eu.


sinuosas buganvílias

cresciam no meu olhar,

entre sorrisos definhados

de um silêncio que não me abandonou.


arde-me o sal dos dias de amar

numa ausência inabitada.

o tempo tem hora

tem meia verdade por direito,

traz a mancha, o vicio, a pausa mágica


o instante é destino

ou delírio emudecido,

vestido com a verdade

que se foi no vento da ironia

de um vazio turbulento.


a voz do mar emerge

num tempo sem vício,

a janela fecha-se

à melancolia inóspita das palavras

em meio rosto disfarçado de nadas.


surgem afectos, lembranças e indiferenças

grito para sentir o silêncio.

fico do lado de cá do tempo

que não existe e espero.


repentinamente sem a chamar

aparece a pausa,

a pausa sem tempo!



l.maltez

  o teu sorriso no esplendor de uma suave explosão chega a mim o teu sorriso. aflui com emoção e calor, como sonhos mesclados nos en...